Lançado em 2020 pelo Banco Central (BC), o Pix, método de pagamento instantâneo, se tornou um dos preferidos do Brasil. Tanto que, de novembro de 2020 a setembro de 2022, foram realizadas 26 bilhões de transações.
Atualmente, essa modalidade de pagamento é a mais utilizado no Brasil, com mais de 523,2 milhões de chaves cadastradas no Banco Central. Acompanhando esse ritmo, o Pix também se tornou uma das soluções de pagamento mais procuradas por empresas.
Saber como usar o Pix em suas estratégias de negócio, pode ser uma boa saída, tanto para enviar, quanto para receber pagamentos.
Mas, você sabe de fato do que se trata o Pix e como ele funciona? Continue lendo esse artigo para saber mais sobre o assunto, conhecer algumas das vantagens do método de pagamento e mudanças em 2023.
Como o Pix funciona?
Criado pelo Banco Central do Brasil (BCB) e lançado no dia 16 de novembro de 2020, o Pix veio para revolucionar as formas de pagamentos e transferências já existentes. Ele funciona através de chaves de acesso, que identificam a conta do emissor e do receptor, possibilitando o envio de dinheiro de forma instantânea, rápida e facilitada.
Dentre os principais intuitos do serviço, está uma nova maneira de receber e enviar dinheiro, comprar e vender produtos.
E se você acredita que esse é um serviço exclusivo para pessoa física, saiba que, assim como já mencionado, empresas de qualquer porte também podem se cadastrar e usufruir dos benefícios.
Cadastrando o seu negócio
Assim como acontece com os usuários pessoa física, para cadastrar seu negócio no Pix é preciso ter uma conta bancária. Ela pode ser tanto conta de pagamentos, poupança ou corrente, e estar registrada em uma instituição bancária ou fintech.
Em seguida, basta acessar o aplicativo de sua conta e selecionar a opção “Pix”, local em que será solicitado o registro de uma chave.
Você pode escolher dentre tipos diferentes de chaves, como: CPF/CNPJ, endereço de e-mail, número de celular ou chave aleatória determinada pelo próprio app.
Agora, com relação à quantidade de chaves que se pode registrar, no caso de cadastros pessoa jurídica, é possível ter até 20 registros diferentes por cada conta bancária transacional.
Por que adotar o Pix em seu negócio?
O Pix é uma nova forma de enviar e receber pagamentos, sendo outra possibilidade para as empresas. No entanto, existem diversas outras vantagens em utilizar esse método em seu negócio. Confira 5 vantagens do Pix para empresas:
1. Método instantâneo
Com ele é possível enviar e receber pagamentos de maneira instantânea, independentemente de ser a quitação de impostos ou depósito de salário para funcionários, com recebimento direto em conta bancária, sem ação de intermediários. Ao invés de esperar a compensação de um boleto, por exemplo, o dinheiro cai em poucos segundos na conta do recebedor.
2. Transação facilitada
Por não ter um agente intermediário para sua realização, o Pix é extremamente facilitado, sem burocracia e possibilita que o dinheiro seja recebido em conta, proporcionando uma melhor experiência para todos.
3. Maior índice de segurança
A base de dados com registro dos usuários tem proteção de responsabilidade do Banco Central, pelo Sigilo Bancário e pela Lei Geral de Proteção de Dados, com tecnologias de criptografia e outros métodos, os quais tornam o sistema uma opção bastante segura.
4. Pagamento por QR Code
O QR Code é uma opção mais prática e segura de receber por meio do Pix. O cliente somente precisa apontar o celular para o código para realizar o pagamento diretamente para a conta bancária desejada. Esse pagamento se torna ainda mais dinâmico para empresas que não contam com os serviços das máquinas de cartão.
Lembrando que: caso sua empresa possua a máquina, pode utilizá-la para receber esse método de pagamento. Basta habilitá-la para recebimentos via Pix e cadastrar uma chave. Isso permitirá que a máquina de cartão gere o código associado à sua conta bancária.
5. Meio alternativo às máquinas de cartão
O Pix é uma ótima alternativa de substituição das máquinas de cartão, por evitar os juros e facilitar a vida dos empreendedores. Mas, é importante salientar que as instituições bancárias poderão sim tarifar as transações.
Tarifas para pessoas jurídicas
Com relação às tarifas, vale a pena ressaltar que no caso dos usuários Pessoa Jurídica, existem casos em que a cobrança poderá ser feita.
Conforme informado pelo próprio Banco Central, as instituições detentoras de contas bancárias podem incluir as taxas no caso de envio e recebimento sobre compra ou transferência. Quando o cliente, ou seja, titular da conta, contrata alguns serviços à parte, os quais tenham relação com o envio e recebimento, também estará sujeito à cobrança de uma possível tarifa.
Ou seja, se utilizar o Pix para receber por serviços prestados ou pela venda de produtos, pode sim ser tarifado. A regra vale: se estiver recebendo dinheiro com fins comerciais; ultrapassar 30 Pix por mês; receber com QR Code dinâmico ou QR Code de um pagador pessoa jurídica.
O intuito é possibilitar que as instituições ofereçam certos complementos às organizações.
Por fim, tanto a empresa que pagar, quanto a que receber a quantia poderá ser taxada. Tenha em mente que os valores mencionados neste post podem variar de acordo com cada instituição financeira.
IMPORTANTE: Microempreendedores Individuais (MEIs) e Empresários Individuais seguem as mesmas regras de pessoas físicas.
Mudanças no Pix
No dia 1º de dezembro de 2022, o Banco Central (BC) anunciou algumas mudanças realizadas nas transações via Pix. Entre as principais modificações com as novas determinações (válidas desde o dia 02 de janeiro de 2023), estão: o limite individual por transação deixa de existir, o horário noturno passa a ser personalizado e os valores das modalidades Pix Saque e Pix Troco aumentaram.
O BC determina que as operações feitas entre pessoas físicas, incluindo Micro e Pequenos Empreendedores Individuais, ficam limitadas em R$ 1 mil das 20h às 6h (mas os bancos podem oferecer alteração a critério do cliente, para entre 22h e 6h), como também transferências intrabancárias, cartões de débito e liquidação de TEDs.
Pelas novas regras, não há mais um limite de valor por transação, mas limites diários por período. Ou seja, o cliente pode usar todo o limite de valor de um dia em uma única transação.
Para alterações no limite, as regras seguem as mesmas: pedidos de redução do limite devem ser feitos imediatamente, já o pedido do usuário para aumento de limites de transações, têm o prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para que seja efetivado. Para contas PJ, os parâmetros para definir os limites de transações ficarão a critério dos bancos.
Fonte: Sebrae